A hipertensão arterial pulmonar (HAP) é uma condição médica rara que tem chamado a atenção no Brasil, especialmente com a recente representação na novela “Três Graças”. A personagem Lígia, interpretada por Dira Paes, enfrenta os desafios dessa doença, proporcionando um olhar mais próximo sobre a realidade desses pacientes. Em Santa Catarina, os dados são alarmantes: entre janeiro e agosto de 2025, 34 pessoas foram internadas com essa condição em unidades hospitalares que fazem parte do Sistema Único de Saúde (SUS).
Compreendendo a Hipertensão Arterial Pulmonar
A hipertensão arterial pulmonar é caracterizada pelo aumento da pressão nas artérias pulmonares, que transportam o sangue do coração para os pulmões. Diferente da hipertensão arterial sistêmica, que afeta as artérias em todo o corpo, a HAP se concentra especificamente nos pulmões. Essa condição pode se manifestar de maneira silenciosa, dificultando o diagnóstico e aumentando o risco de complicações severas.
Karoliny Schmitz Nunes, médica pneumologista do Hospital Nereu Ramos, destaca que a HAP é uma doença raríssima, com aproximadamente 100 mil casos identificados no Brasil no ano passado. Os sintomas mais comuns incluem cansaço extremo, falta de ar, inchaço dos membros inferiores e dor no peito. Isso se reflete na história da Lígia, cuja luta diária com esses sintomas a força a abandonar seu trabalho como cuidadora.
Compreensão dos Sintomas e Diagnóstico
Os sintomas da hipertensão arterial pulmonar muitas vezes se confundem com outras doenças, o que torna o diagnóstico um verdadeiro desafio. Os médicos iniciam a investigação através de exames não invasivos, como raio-X, tomografia de tórax e ecocardiograma. Contudo, o procedimento mais confiável para confirmar a HAP é o cateterismo cardíaco direito, que permite a medição das pressões nas artérias pulmonares.
Os pacientes frequentemente relatam uma série de sinais que podem passar despercebidos. A fadiga extrema, por exemplo, pode ser confundida com estresse ou simplesmente com o cansaço do dia a dia, enquanto a falta de ar pode ser atribuída à falta de condicionamento físico. No caso da Lígia, seus sintomas a levam a um vasto arsenal de consultas médicas antes de chegar a um diagnóstico, refletindo a realidade de muitos que sofrem da doença.
O Impacto da Hipertensão Arterial Pulmonar em Santa Catarina
Em SC, 34 pessoas foram internadas em 2025 no SUS com a doença rara que aflige Lígia, de “Três Graças”. A Secretaria de Estado da Saúde, através do sistema Tabwin, fornece esses dados que refletem um problema de saúde pública significativo. Além das internações, é relevante destacar que 91 atendimentos ambulatoriais foram realizados, mostrando que a HAP não afeta apenas os que requerem hospitalização, mas um maior número de pacientes que precisam de acompanhamento.
A presença da HAP em Santa Catarina coloca em evidência a necessidade de aumentar a conscientização sobre a doença. Muitas vezes, o desconhecimento leva a atrasos no diagnóstico, o que pode resultar em um prognóstico mais desfavorável. Portanto, campanhas informativas e a promoção da saúde devem ser uma prioridade.
Tratamento e Cuidados Necessários
O tratamento da hipertensão arterial pulmonar é multifacetado e depende do diagnóstico específico de cada paciente. Os médicos costumam prescrever medicamentos por via oral com o objetivo de reduzir a pressão nas artérias pulmonares. Além disso, a implementação de medidas de suporte, como oxigenoterapia e uso de diuréticos, pode ser essencial em determinadas situações.
É importante ressaltar que, em casos mais graves, intervenções cirúrgicas ou até mesmo transplantes pulmonares podem ser necessários. O intuito do tratamento, como explica a Dra. Karoliny, é não apenas controlar os sintomas, mas também melhorar a qualidade de vida do paciente. “Infelizmente, ainda não temos uma cura para a HAP”, ela observa, enfatizando a importância de uma abordagem terapêutica abrangente.
Recentemente, houve avanços significativos na terapia combinada, onde diferentes tipos de medicamentos são usados simultaneamente para otimizar o tratamento e melhorar o controle da doença. Esses medicamentos são disponibilizados pelo SUS em Santa Catarina, refletindo um compromisso com a saúde pública e o acesso ao cuidado necessário.
Impacto Psicológico da Hipertensão Arterial Pulmonar
Além dos desafios físicos, a hipertensão arterial pulmonar traz um impacto emocional considerável. Pacientes frequentemente enfrentam sentimentos de medo, ansiedade e depressão diante de sua condição. A luta constante contra os sintomas e a incertidão sobre o futuro podem desgastar qualquer pessoa.
O apoio emocional é, portanto, uma parte crucial do tratamento. Grupos de suporte e aconselhamento psicológico podem ser ferramentas valiosas para ajudar os pacientes a lidiar com o estresse e as emoções decorrentes do diagnóstico. Além disso, a presença de familiares e amigos pode fazer uma diferença significativa, proporcionando um ambiente de amor e compreensão.
Perguntas Frequentes
Quais são os sinais iniciais da hipertensão arterial pulmonar?
Os sinais iniciais podem incluir fadiga, falta de ar, dor no peito e inchaço nos membros inferiores.
Como a hipertensão arterial pulmonar é diagnosticada?
O diagnóstico é feito por meio de exames não invasivos, como raio-X e ecocardiograma, e confirmado pelo cateterismo cardíaco direito.
Qual é o tratamento disponível para a doença?
O tratamento pode envolver medicamentos, oxigenoterapia, diuréticos e, em casos mais graves, intervenções cirúrgicas.
Quais são as causas da hipertensão arterial pulmonar?
As causas podem ser idiopáticas, hereditárias ou relacionadas a outras condições, como doenças cardíacas e pulmonares.
A doença é fatal?
Embora seja uma condição grave, o tratamento adequado pode melhorar a qualidade de vida e controlar os sintomas.
O que pode ser feito para prevenir a hipertensão arterial pulmonar?
Não há medidas preventivas específicas, mas cuidados com a saúde cardiovascular e acompanhamento médico são essenciais.
Conclusão
A hipertensão arterial pulmonar é uma doença complexa e desafiadora que vem ganhando destaque na sociedade, especialmente após sua representação na mídia. Com 34 internações em Santa Catarina em 2025, é evidente que essa condição merece mais visibilidade e compreensão. O tratamento e o suporte emocional são cruciais para ajudar aqueles afetados a viver com dignidade e qualidade de vida. Com a conscientização e o avanço das terapias, podemos esperar um futuro mais iluminado para os pacientes que lutam contra essa condição rara e devastadora.
Olá, meu nome é Gabriel, editor do site ConecteSUS.org, focado 100%. Olá, meu nome é Gabriel, editor do site ConecteSUS.org, focado 100%
