O método contraceptivo conhecido como Implanon, um implante subdérmico que libera o hormônio etonogestrel, está prestes a se tornar um aliado extremamente eficaz na prevenção de gestações não planejadas no Brasil. A notícia de que o Sistema Único de Saúde (SUS) começará a oferecer esse método já gera expectativa e esperança em muitas mulheres. Com um custo de aproximadamente R$ 2.000 a R$ 4.000 no mercado privado, a inclusão do Implanon no SUS representa um avanço significativo na saúde pública e no acesso a cuidados reprodutivos.
O anúncio do Ministério da Saúde no dia 3 de julho trouxe a promessa de que 1,8 milhão de dispositivos serão distribuídos até 2026, sendo 500 mil já disponíveis ainda neste ano. Isso significa uma mudança no cenário atual, onde apenas algumas cidades e estados, como São Paulo e Piauí, já ofertam o Implanon. A universalização desse método é um passo importante, pois garante que mais mulheres possam ter acesso a um método contraceptivo com alta eficácia e longa duração.
Implanon será oferecido pelo SUS a partir de 2025
O Implanon é um contraceptivo hormonal que se destaca por sua praticidade e eficácia. Com aproximadamente 4 cm de comprimento, o dispositivo é inserido sob a pele do braço e tem a capacidade de prevenir a ovulação ao liberar hormônios. Além disso, ele também atua tornando o muco cervical mais espesso, o que dificulta a passagem de espermatozoides. Este método é considerado um dos mais eficazes para prevenir gestações não planejadas, com uma durabilidade de até três anos. Após esse período, o implante deve ser removido e, se desejado, substituído por um novo.
A introdução do Implanon no SUS constitui a oferta de um novo método LARC (Long-Acting Reversible Contraceptives), que são contraceptivos reversíveis de longa duração. Atualmente, o único método desse tipo disponível pelo SUS é o DIU de cobre. Outras opções já oferecidas incluem anticoncepcionais orais e métodos injetáveis, mas a inclusão do Implanon traz uma nova possibilidade que pode beneficiar muitas mulheres ao redor do país.
O que se espera agora é a publicação de uma portaria que oficialize a incorporação desse método no SUS, com ações que incluem a atualização das diretrizes clínicas, capacitação de profissionais e aquisição do insumo necessário. O ministro da Saúde, Alexandre Padilha, destacou que, apesar do tempo necessário para implementar o dispositivo em todo o Brasil, a expectativa é que a utilização comece ainda no segundo semestre.
Importância do Acesso ao Implanon pelo SUS
O acesso ao Implanon pelo SUS representa uma oportunidade única para muitas mulheres que, por razões financeiras, não conseguiam fazer uso desse método no mercado privado. A inclusão desse dispositivo no SUS pode impactar positivamente a vida de milhares de brasileiras, permitindo que elas possam planejar suas gestações de maneira mais eficaz.
A alta eficácia do Implanon, que apresenta uma taxa de falha de menos de 1%, é um fator importante a ser considerado. Para as mulheres que enfrentam desafios na administração de métodos contraceptivos diários ou mensais, essa opção oferece uma solução prática e segura. O fato de não ser necessário lembrar de tomar a pílula diariamente é um alívio para muitas que se preocupam com a possibilidade de esquecerem de se proteger.
Além disso, a acessibilidade ao Implanon pelo SUS é um passo importante em direção à equidade em saúde. Muitas mulheres em situações vulneráveis não têm acesso a métodos contraceptivos confiáveis, e a inclusão desse dispositivo isso pode ajudar a reduzir a incidência de gestações não planejadas e, consequentemente, a necessidade de abortos inseguros.
Como Funciona o Implanon?
O Implanon é inserido sob a pele do braço pela equipe profissional de saúde, em um procedimento simples e rápido. Ele deve ser colocado por um profissional capacitado, garantindo que todo o processo seja seguro. A eficácia do implante se deve à liberação contínua de hormônios, que previnem a ovulação e alteram o muco cervical.
Após a inserção, não é necessário realizar manutenção ou intervenções até que os três anos se completem. Essa característica de não ter um regime de tomadas diário ou mensal permite que as mulheres possam se concentrar em suas vidas diárias sem a ansiedade de lembrar de tomar anticonceptivos.
É importante ressaltar que o Implanon, embora muito eficaz na prevenção da gravidez, não oferece proteção contra Infecções Sexualmente Transmissíveis (ISTs), um fator que deve ser considerado na decisão de contracepção. Portanto, a utilização de preservativos ainda é recomendada para a proteção contra ISTs, além dos métodos contraceptivos.
Desmistificando o Implanon
Apesar de suas evidentes vantagens, existem ainda algumas dúvidas e mitos sobre o uso do Implanon. Muitas mulheres se preocupam com possíveis efeitos colaterais e a ideia de que um implante sob a pele possa causar desconforto ou dor. É essencial esclarecer que, na maioria dos casos, os efeitos colaterais podem ser mínimos e temporários. Esses podem incluir alteração no ciclo menstrual, dores de cabeça ou sensibilidade mamária, que geralmente diminuem com o uso contínuo do implante.
As desinformações sobre os métodos contraceptivos também podem levar a receios e hesitações. Portanto, é fundamental que, com a chegada do Implanon às Unidades Básicas de Saúde, haja campanhas de conscientização e educação que ajudem a informar as mulheres sobre os benefícios, a eficácia e os cuidados necessários ao utilizar esse método.
Perguntas Frequentes
Como funciona o Implanon?
O Implanon funciona através da liberação contínua do hormônio etonogestrel, que previne a ovulação e torna o muco cervical mais espesso, dificultando a passagem de espermatozoides.
O Implanon é seguro?
Sim, o Implanon é considerado seguro para a maioria das mulheres, embora precise ser inserido por um profissional de saúde capacitado.
Qual é a duração do Implanon?
O Implanon tem uma duração de até três anos, após o qual deve ser removido e, se desejado, substituído por um novo implante.
O Implanon protege contra ISTs?
Não, o Implanon não oferece proteção contra Infecções Sexualmente Transmissíveis. O uso de preservativos é recomendado para esse propósito.
Quais são os possíveis efeitos colaterais do Implanon?
Algumas mulheres podem experimentar alterações no ciclo menstrual, dores de cabeça ou sensibilidade mamária, mas a maioria dos efeitos colaterais tende a ser leve e temporária.
Como será a distribuição do Implanon pelo SUS?
A distribuição do Implanon pelo SUS começará ainda em 2025, com um plano para a entrega de 1,8 milhão de dispositivos até 2026 e 500 mil já neste ano.
Conclusão
A incorporação do Implanon no SUS representa um avanço significativo na saúde reprodutiva das mulheres brasileiras. A possibilidade de acesso a um método contraceptivo efetivo e de longa duração transforma a forma como muitas encaram a contracepção. Além de oferecer uma solução prática para a prevenção de gestações não planejadas, também possibilita um maior empoderamento feminino, permitindo que as mulheres tenham o controle sobre suas vidas reprodutivas.
Conforme o SUS se prepara para implementar essa nova oferta, a expectativa é que a conscientização e a educação em saúde, aliadas ao acesso a métodos contraceptivos eficazes, contribuam para a equidade em saúde e para uma melhor qualidade de vida para as mulheres em todo o Brasil.

Olá, meu nome é Gabriel, editor do site ConecteSUS.org, focado 100%. Olá, meu nome é Gabriel, editor do site ConecteSUS.org, focado 100%