Implante contraceptivo de até R$ 4 mil que dura até três anos chega ao SUS

Nos últimos anos, a discussão sobre contracepção ganhou destaque, especialmente com a introdução de novos métodos mais eficazes e acessíveis. Um dos temas mais relevantes é o implante contraceptivo conhecido como Implanon, que deve se tornar disponível gratuitamente pelo Sistema Único de Saúde (SUS) ainda este ano. Essa iniciativa é um passo importante para aumentar a acessibilidade a métodos anticoncepcionais eficazes, beneficiando principalmente mulheres em situação de vulnerabilidade.

O Implanon é um pequeno dispositivo implantável que pode ser colocado sob a pele do braço da mulher, liberando um hormônio sintético chamado etenogestrel, que atua de forma semelhante à progesterona, impedindo a ovulação e, consequentemente, a gravidez. Um dos grandes diferenciais desse método é sua longa duração, podendo permanecer ativo por até três anos, oferecendo, assim, uma solução prática e segura para o planejamento familiar.

Implante contraceptivo de até R$ 4 mil que dura até três anos chega ao SUS

A inclusão do Implanon no SUS representa uma inovação significativa em opções de contracepção disponíveis para a população. A expectativa é de que até 500 mil mulheres possam se beneficiar dessa tecnologia, que até então era disponível principalmente na rede privada, com custo que varia de R$ 2 mil a R$ 4 mil. Nenhum outro método proporciona uma eficácia tão alta quanto o implante, com uma taxa de falhas de apenas 0,5% em cada 1.000 usuários, tornando-se mais confiável que outros métodos, como a vasectomia e o dispositivo intrauterino (DIU).

Além do menor custo, o SUS pretende oferecer um treinamento adequado para os profissionais que farão a inserção do implante, garantindo não apenas a distribuição, mas também a correta aplicação do método. Este investimento é, sem dúvida, um avanço para a saúde pública, refletindo uma preocupação com a autonomia das mulheres em relação ao seu corpo e escolhas reprodutivas.

Como o Implanon funciona?

O funcionamento do Implanon é relativamente simples, mas extremamente eficaz. Ao ser inserido sob a pele, o implante libera uma quantidade controlada do hormônio etenogestrel, que atua de maneira a prevenir a ovulação. Com a inibição da ovulação, as chances de gravidez são significativamente reduzidas, permitindo que as mulheres tenham um controle maior sobre sua fecundidade.

Essa forma de contracepção é especialmente valiosa em contextos onde o acesso a métodos contraceptivos tradicionais é limitado. Além disso, a praticidade de não precisar se preocupar com trocas periódicas — algo que acontece com pílulas e outros métodos — torna o Implanon uma opção atraente.

Limitações e Considerações

Como qualquer método, o Implanon possui suas peculiaridades. Embora as taxas de sucesso sejam muito altas, algumas mulheres podem experimentar efeitos colaterais, como alterações no ciclo menstrual, dor de cabeça, e até ganho de peso. É essencial que as mulheres que consideram essa opção passem por uma consulta médica detalhada para entender todos os aspectos e possíveis efeitos do implante.

Comparação com Outros Métodos Contraceptivos

O SUS tem uma variedade de métodos contraceptivos disponíveis, incluindo preservativos, pílulas, injetáveis, e o DIU. Comparar esses métodos é fundamental para ajudar as mulheres a tomarem decisões informadas.

Método Taxa de Falhas (por 1.000) Duração
Implante (Implanon) 0,5 Até 3 anos
Vasectomia 1 a 1,5 Permanente
DIU Hormonal 2 Até 5 anos
Pílula Combinada 9 Mensal (uso diário)
Injetáveis 3 Mensal ou trimestral
Laqueadura 1 a 2 Permanente
Preservativos 18 Uso em cada relação

Como é possível observar na tabela acima, o Implanon não só se destaca pela sua longa eficácia, como também pela baixa taxa de falhas. Essa comparação ajuda a evidenciar a importância de disponibilizar o implante através do SUS, visto que ele pode potencialmente evitar muitas gestações indesejadas.

O impacto do Implanon na saúde pública

A inclusão do Implanon no SUS vai além de um simples avanço em métodos contraceptivos; trata-se de uma verdadeira transformação na maneira como a saúde reprodutiva das mulheres é encarada na sociedade brasileira. Com o acesso facilitado a métodos de controle de natalidade eficazes, espera-se que a taxa de gestações não planejadas diminua, refletindo uma melhora na saúde pública.

Além disso, essa iniciativa pode contribuir para a autonomia das mulheres, oferecendo a elas a escolha sobre quando e como querem ter seus filhos, o que é crucial para o desenvolvimento de uma sociedade mais igualitária.

Perguntas Frequentes

O que é o Implanon?

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O Implanon é um implante contraceptivo que libera o hormônio etenogestrel. Ele é colocado sob a pele do braço e previne a gravidez por até três anos.

Qual a eficácia do Implanon?

O Implanon tem uma taxa de falha de apenas 0,5 em cada 1.000 mulheres, tornando-se um dos métodos contraceptivos mais eficazes disponíveis.

Quanto custa o Implanon?

Na rede privada, o custo do Implanon varia entre R$ 2 mil e R$ 4 mil. No entanto, com a inclusão no SUS, mulheres poderão obter o implante gratuitamente.

Quais são os efeitos colaterais do Implanon?

Alguns efeitos colaterais possíveis incluem alterações no ciclo menstrual, dores de cabeça e ganho de peso, embora isso varie de mulher para mulher.

Onde posso obter o Implanon?

O Implanon estará disponível através do SUS, e as mulheres interessadas deverão agendar uma consulta com profissionais de saúde capacitados para o procedimento.

O que acontece após os três anos de uso do Implanon?

Após três anos, o implante deve ser removido e, se desejado, pode ser colocado um novo implante. Consultas regulares com um profissional de saúde são recomendadas.

Conclusão

A chegada do implante contraceptivo de até R$ 4 mil que dura até três anos chega ao SUS é uma excelente notícia para muitas mulheres brasileiras. Além de oferecer um método contraceptivo altamente eficaz e prático, essa iniciativa representa um avanço significativo na promoção da saúde reprodutiva. Com acesso ampliado a métodos contraceptivos, as mulheres poderão fazer escolhas informadas sobre seus corpos e planejamentos familiares, contribuindo para uma sociedade mais saudável e equitativa.