O tratamento de dor em pacientes oncológicos é um dos desafios mais complexos enfrentados pelo sistema de saúde. A experiência de viver com câncer vai além da doença em si e abrange um aspecto muitas vezes negligenciado: a dor. O avanço do conhecimento médico e das técnicas de tratamento, no entanto, traz esperança aos pacientes que enfrentam essa realidade. Recentemente, Santa Catarina se destaca ao oferecer um método inovador no controle da dor, conhecido como alcoolização do plexo. Esta técnica representa um marco significativo, especialmente para aqueles que dependem do Sistema Único de Saúde (SUS).
Santa Catarina oferece tratamento inédito para alívio da dor em pacientes oncológicos pelo SUS
A alcoolização do plexo, que também é chamada de neurólise do plexo celíaco, é uma técnica que visa proporcionar alívio significativo e imediato para pacientes que sofrem de dores intensas, muitas vezes oriundas de cânceres avançados, como o câncer de pâncreas. O Centro de Pesquisas Oncológicas (CEPON), localizado em Florianópolis, é o primeiro no SUS de Santa Catarina a disponibilizar este procedimento. O impacto que essa técnica pode ter na qualidade de vida dos pacientes é inegável, proporcionando a eles mais conforto e dignidade durante o tratamento.
O que torna essa técnica tão especial é a sua capacidade de eliminar a dor com uma única aplicação. Tradicionalmente, pacientes oncológicos têm enfrentado desafios imensos quando se trata de gerenciar a dor, frequentemente resultando em uma qualidade de vida diminuída. Com o novo procedimento, a abordagem é revolucionária pois age na raiz do problema, interrompendo a passagem da dor através do nervo afetado. O oncologista clínico Dr. Lucas Espíndola, responsável pela implementação desse tratamento no CEPON, destaca que eliminar o trajeto da dor é a forma mais eficaz de geri-la.
Como funciona a alcoolização do plexo?
A técnica de alcoolização do plexo é realizada de forma extremamente precisa. Para garantir que a aplicação do álcool ocorra exatamente onde é necessária, o procedimento é acompanhado por tomografia computadorizada. Essa ferramenta tecnológica permite que o médico direcione a agulha com exatidão, minimizando qualquer risco e aumentando a eficácia do tratamento.
Um profissional treinado, como um médico da especialidade de radiologia intervencionista, realiza o procedimento. Segundo Dr. Lucas Pazinato, que também está envolvido na execução da técnica, a principal meta é restabelecer a dignidade e o conforto dos pacientes. Ninguém deveria ter que viver em dor, e esse tratamento representa uma nova possibilidade de vida para muitos.
Impacto sobre a qualidade de vida dos pacientes
Estudos mostram que o manejo adequado da dor está diretamente relacionado à qualidade de vida dos pacientes oncológicos. O acesso a tratamentos eficazes, como a alcoolização do plexo, pode ter um efeito transformador. Pacientes que antes estavam limitados por dores intensas agora têm à disposição uma técnica que poderá oferecer alívio imediato e significativo.
De acordo com o diretor geral do CEPON, Dr. Marcelo Zanchet, a disponibilização desse tipo de tratamento ressalta o compromisso da instituição em garantir que os pacientes do SUS tenham acesso ao que há de mais moderno e eficaz no tratamento do câncer. Essa iniciativa não só atende a uma demanda urgente, mas também posiciona o CEPON como um centro de referência em oncologia.
Além disso, o crescimento no número de procedimentos realizados, que já apresentam um histórico de sucesso, evidencia a necessidade de explorar mais amplamente essa técnica em outros centros de saúde pública em Santa Catarina e em todo o Brasil. A introdução da alcoolização do plexo no SUS não é apenas uma nova opção de tratamento; é um símbolo de esperança e progresso em um cenário muitas vezes desgastante.
Desafios e perspectivas futuras
Embora a alcoolização do plexo traga muitos benefícios, a sua implementação no SUS não é isenta de desafios. A difusão do conhecimento sobre a técnica e a capacitação de profissionais são fatores cruciais para garantir que essa inovação chegue ao maior número possível de pacientes. A formação contínua e a troca de experiências entre centros de saúde são essenciais para a consolidação e aprimoramento do tratamento.
Outro desafio é a conscientização da população sobre a disponibilidade dessa nova técnica. Muitos pacientes que poderiam se beneficiar dela ainda desconhecem suas opções. Portanto, campanhas informativas e o envolvimento de ONGs e associações de pacientes são fundamentais para promover o acesso a essa e outras formas de tratamento.
Santa Catarina oferece tratamento inédito para alívio da dor em pacientes oncológicos pelo SUS, e essa é uma oportunidade de mudança. Cada aplicação bem-sucedida da alcoolização do plexo não apenas libera um paciente da dor, mas também se torna uma nova história de vida, repleta de esperança e dignidade.
Perguntas frequentes sobre alcoolização do plexo
Por que a alcoolização do plexo é necessária para pacientes com câncer?
A alcoolização do plexo é necessária pois trata dores intensas que muitas vezes não respondem a tratamentos convencionais e pode oferecer alívio significativo ao paciente.
Quais tipos de câncer podem se beneficiar da alcoolização do plexo?
Pacientes com cânceres avançados, como câncer de pâncreas e outros tumores abdominais, são os que mais frequentemente se beneficiam dessa técnica.
Como a alcoolização do plexo é realizada?
O procedimento é realizado com uma agulha que, guiada por tomografia computadorizada, administra uma substância que interrompe a passagem da dor pelo nervo afetado.
Esse tratamento é seguro?
Sim. Quando realizado por profissionais capacitados, a alcoolização do plexo é uma técnica considerada segura, com riscos minimizados.
Qual é o tempo de recuperação após o procedimento?
A recuperação é rápida e, muitas vezes, os pacientes já começam a sentir alívio da dor imediatamente após a aplicação.
Como posso acessar a alcoolização do plexo no SUS?
Os pacientes devem consultar suas equipes médicas e, se necessário, solicitar encaminhamentos para o CEPON ou outros centros que implementem a técnica.
Conclusão
O tratamento da dor em pacientes oncológicos é um aspecto crítico que não pode ser negligenciado. Santa Catarina oferece tratamento inédito para alívio da dor em pacientes oncológicos pelo SUS, com a introdução da técnica de alcoolização do plexo, um procedimento que não só melhora a qualidade de vida, mas também faz história na assistência da saúde pública. Esta inovação é um testemunho do compromisso em garantir que todos os pacientes, independentemente de suas condições socioeconômicas, tenham acesso a tratamentos modernos e eficazes. A mudança começa agora, e juntos, podemos garantir um futuro mais luminoso e esperançoso para todos os que sofrem com a dor.

Olá, meu nome é Gabriel, editor do site ConecteSUS.org, focado 100%. Olá, meu nome é Gabriel, editor do site ConecteSUS.org, focado 100%

