Coleta de células de medula óssea pelo SUS cresce 8% em 2024; como ser um doador

A coleta de células de medula óssea é um tema de extrema importância no Brasil, especialmente no contexto do Sistema Único de Saúde (SUS). Com um crescimento notável de 8% em 2024, de acordo com dados do Registro Brasileiro de Doadores Voluntários de Medula Óssea (Redome), o aumento no número de doações reflete não apenas um avanço nos tratamentos, mas também um esforço conjunto de conscientização da população em prol da solidariedade e da responsabilidade social. Este artigo visa informar os leitores sobre o aumento nas coletas e como se tornar um doador de medula óssea no país, em um tom otimista e claro, facilitando a compreensão de todos.

Coleta de células de medula óssea pelo SUS cresce 8% em 2024; veja como ser um doador – Noticias R7

Nos últimos anos, o Brasil tem visto um aumento significativo nas doações de células de medula óssea. De acordo com o Redome, em 2022, foram coletadas 382 células-tronco, número que cresceu para 431 até novembro de 2024. Esse crescimento é mais do que encorajador, principalmente num período em que a necessidade de doações é urgente para muitos pacientes com doenças graves, como leucemias e outras condições que afetam a produção de células sanguíneas.

Durante a pandemia de COVID-19, muitos procedimentos médicos foram adiados, incluindo transplantes. Com a recente recuperação e a ampliação dos serviços de saúde, o SUS tem promovido iniciativas para aumentar o número de doadores e receptores de células-tronco. Essa mobilização é vital para aumentar as chances de encontrar um doador compatível. Neste contexto, entender como se tornar um doador pode ser a chave para salvar vidas.

Crescimento das doações e cadastros de receptores

Um dado que merece destaque é o aumento no número de doadores registrados, que passou de 119 mil em 2022 para 129 mil até novembro de 2024. Este crescimento não se limita apenas ao número de doadores, mas também se reflete no cadastro de receptores, que subiu 25,8% no mesmo período, aumentando de 1.637 para 2.060. Estes números são a prova de que as campanhas de conscientização e os esforços de incentivo à doação estão surtindo efeito.

A Semana de Mobilização Nacional para Doação de Medula Óssea, que ocorre entre 14 e 21 de dezembro, é um exemplo claro desse esforço. Instituída pela Lei nº 11.930/2009, a semana tem como objetivo promover o esclarecimento sobre a importância da doação e incentivar a captação de novos doadores. As ações desenvolvidas durante este período são fundamentais para educar a população sobre o tema e encorajar pessoas a se inscreverem no cadastro.

A importância do transplante de medula óssea

Para muitos pacientes, o transplante de medula óssea é uma chance de cura. Ele é frequentemente indicado para aqueles que sofrem de doenças hematológicas, como a leucemia, além de condições como aplasia de medula óssea e síndromes de imunodeficiência. A hematologista Marina Aguiar ressalta que o tratamento é particularmente essencial para pacientes que não respondem à quimioterapia e que podem encontrar no transplante uma nova perspectiva de vida.

A compatibilidade é um dos fatores críticos no sucesso do transplante. Um doador compatível pode ser um membro da família, como um pai ou um irmão, cujas chances de compatibilidade são estatisticamente melhores. No entanto, ao não haver um doador na família, a busca por um doador no banco de dados de doadores voluntários pode ser a única opção. Nesse cenário, a probabilidade de encontrar um doador compatível é reduzida, com a chance variando de 1 em 100 mil para os que dependem do cadastro de doadores.

Como se tornar um doador de medula óssea

Os interessados em se tornar doadores de medula óssea devem atender a alguns critérios básicos. A primeira exigência é ter entre 18 e 35 anos e estar em bom estado de saúde. Uma recomendação é que potenciais doadores não tenham doenças impeditivas, como hepatites, diabetes, HIV, câncer, entre outras.

Para se inscrever, o candidato pode se dirigir a um hemocentro público e apresentar um documento de identidade oficial com foto. Após a apresentação dos documentos, o próximo passo é a coleta de uma amostra de sangue, que será utilizada para a tipagem HLA, crucial para verificar a compatibilidade com possíveis receptores. Uma vez inscrito, o doador permanece ativo no cadastro até atingir a idade limite de 60 anos.

Tecnologia a serviço da doação

Em um mundo cada vez mais digital, o Redome criou um aplicativo que facilita o acesso a informações sobre doações e localizações de hemocentros. O aplicativo permite a realização de pré-cadastro e acompanha o processo de registro, tornando a experiência mais acessível e segura para quem deseja contribuir. A plataforma também gera a carteirinha de doador, um documento essencial que pode ser utilizado em campanhas de doação.

Fatores motivadores para a doação

É importante destacar que, por trás de cada doação, existem histórias de vida e de superação. A doação de medula óssea pode ser um ato decisivo na vida de muitas pessoas. Ao se tornarem doadores, os voluntários se tornam parte de um movimento maior de solidariedade e cuidado ao próximo. Além disso, a experiência de saber que a sua contribuição pode salvar uma vida é, sem dúvida, um dos maiores motivadores para quem decide se cadastrar.

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As campanhas de conscientização não apenas informam, mas também emocionam e conectam as pessoas ao propósito maior de ajudar aqueles que precisam. Esse aspecto humano do processo de doação é fundamental para promover uma cultura de empatia e colaboração em nossa sociedade.

Perguntas frequentes

Como funciona a coleta de células de medula óssea?

A coleta de células de medula óssea ocorre em um ambiente hospitalar, onde são realizadas análises para garantir a saúde do doador. O processo pode ser feito através de punção da medula óssea ou pela coleta de sangue periférico. O método utilizado varia de acordo com a necessidade do receptor e a condição de saúde do doador.

Qual é a idade limite para se tornar um doador?

O limite de idade para se inscrever como doador de medula óssea é de 60 anos. Após essa idade, o doador não participa mais do cadastro para doações.

Posso ser doador se já tive alguma doença?

Depende da doença. Algumas condições de saúde podem desqualificá-lo para a doação. É fundamental consultar os requisitos nos hemocentros, onde será feita uma avaliação para saber se você está apto a ser um doador.

A doação de medula óssea dói?

Enquanto o processo de coleta pode causar algum desconforto, a maioria dos doadores relata que a dor é mínima e passageira. Os mecanismos de anestesia utilizados durante a coleta ajudam a minimizar o desconforto.

Quais são os requisitos para me inscrever no cadastro?

Para se inscrever, é necessário ter entre 18 e 35 anos, estar em boa saúde, e não ter doenças que impeçam a doação. A apresentação de um documento de identidade oficial com foto é obrigatória no hemocentro.

Como posso encontrar um hemocentro para me cadastrar?

Você pode acessar o site do Redome para encontrar informações sobre a localização de hemocentros próximos a você. Além disso, o aplicativo também fornece essas informações de forma prática e fácil.

Conclusão

O crescimento de 8% na coleta de células de medula óssea pelo SUS em 2024 é um sinal claro de que a responsabilidade social e a solidariedade estão ganhando força no Brasil. O aumento no número de doadores e receptores não apenas melhora as taxas de sucesso nos transplantes, mas também reforça a urgência de continuar promovendo campanhas de conscientização. Ao se inscrever como doador, cada pessoa tem a oportunidade de fazer uma diferença significativa na vida de alguém. Com o apoio das iniciativas públicas e a participação ativa da sociedade, o futuro dos transplantes de medula óssea no Brasil parece mais promissor do que nunca. Se você tem entre 18 e 35 anos e está em boa saúde, considere a possibilidade de se tornar um doador de medula óssea. Sua ação pode salvar a vida de alguém.